Mário de Sá-Carneiro - Fim





Mário de Sá-Carneiro - Fim


Quando eu morrer batam em latas,

Rompam aos saltos e aos pinotes,

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobatas!


Que o meu caixão vá sobre um burro

Ajaezado à andaluza...

A um morto nada se recusa,

Eu quero por força ir de burro.


de Sá-Carneiro (1890-1916)

foi um poeta português e um dos grandes expoentes

do modernismo em Portugal.