Áreas de preservação no estado de São Paulo



A vegetação nativa tem sido devastada em muitos lugares do mundo e no estado de São Paulo também ocorreu isso principalmente no período de ocupação inicial de suas terras, com desmatamento para plantar cafezais, cana-de-açúcar, campos de pastagens, plantações, usinas hidrelétricas, queimadas e até construções de cidades e estradas.


Queimada de pasto - Campinas (SP)


  Queimada de pasto. Campinas (SP).

Queimada de pasto. Campinas (SP).

Queimada de pasto. Campinas (SP) – Imagem em Alta Resolução




Desmatamento de mata nativa - Iguape (SP)


  Desmatamento de mata nativa. Iguape (SP).

Desmatamento de mata nativa. Iguape (SP).

Desmatamento de mata nativa - Iguape (SP) – Imagem em Alta Resolução



Para frear a degradação dos ambientes naturais, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais foram criadas leis de preservação ambiental. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou as áreas que devem ser protegidas em virtude de sua diversidade biológica, chamadas de Unidades de Conservação.

Em algumas dessas áreas são desenvolvidas atividades controladas de lazer e ecoturismo, mas sempre respeitando a biodiversidade existente. Em outras nem mesmo a entrada de visitantes é permitida, ficando restrita a pesquisadores.

Essas áreas estão classificadas em dois grupos:

  • Unidades de Proteção Integral;
  • Unidades de Uso Sustentável.



As Unidades de Proteção Integral


As Unidades de Proteção Integral são áreas que devem ser mantidas sem nenhuma modificação ou interferência humana. As Unidades de Proteção Integral classificam-se em:

  • estações ecológicas
  • reservas biológicas
  • parques nacionais
  • monumentos naturais
  • refúgios de vida silvestre.

Vamos conhecer algumas das Unidades de Proteção Integral existentes em São Paulo.


O Parque Estadual da Cantareira foi criado para preservar e conservar as inúmeras nascentes e diversos cursos d’água encontrados na região, bem como a vegetação e a fauna da Mata Atlântica. Abrange os municípios de Guarulhos, São Paulo, Mairiporã e Caieiras.

Cantareira foi o nome dado à serra pelos tropeiros que faziam o comércio entre São Paulo e as outras regiões do país, nos séculos XVI e XVII, em razão da grande quantidade de nascentes e córregos encontrados na região. Naquela época, era costume armazenar água em jarros de barro, chamados cântaros, e as prateleiras onde eram guardados chamavam-se cantareiras. Daí o nome da área que constitui o Parque Estadual da Cantareira.


Parque Estadual da Cantareira


 Parque Estadual da Cantareira

Parque Estadual da Cantareira

– Imagem em Alta Resolução



A Pedra do Baú, situada em São Bento do Sapucaí, interior de São Paulo, é o mais recente monumento natural. A pedra pode ser vista de todos os cantos da cidade. É uma formação rochosa na Serra da Mantiqueira.


A Pedra do Baú, situada em São Bento do Sapucaí


  A Pedra do Baú, situada em São Bento do Sapucaí

A Pedra do Baú, situada em São Bento do Sapucaí

A Pedra do Baú, situada em São Bento do Sapucaí – Imagem em Alta Resolução



Estação Ecológica de Juréia-Itatins - tem como objetivo a preservação da natureza dos ambientes da Mata Atlântica, restingas e manguezais, bem como a realização de pesquisas científicas. A visitação é permitida com o objetivo de educação ambiental. Abrange os municípios de Itariri, Miracatu, Iguape e Peruíbe.


Estação Ecológica de Juréia-Itatins


 Estação Ecológica de Juréia-Itatins

Estação Ecológica de Juréia-Itatins

Estação Ecológica de Juréia-Itatins – Imagem em Alta Resolução



Reserva Biológica de Tamboré - é uma das maiores Unidades de Conservação inserida na área urbana. Localiza-se na região de Tamboré que pertence a Santana do Parnaíba, município da Grande São Paulo.

A reserva possui imensa biodiversidade de fauna e flora, além de 18 nascentes que abastecem os córregos da região. Seu objetivo é a preservação integral, pesquisas, ação educativa e integração com as comunidades próximas para desenvolver ações de manejo e conservação.


Reserva Biológica de Tamboré


 Reserva Biológica de Tamboré

Reserva Biológica de Tamboré

Reserva Biológica de Tamboré – Imagem em Alta Resolução





Unidades de Uso Sustentável


As Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo permitir o uso racional dos recursos naturais por comunidades locais, mantendo a conservação da biodiversidade da área, assegurando os meios de vida e cultura dessas populações.

Classificam-se em:

  • Área de Proteção Ambiental (APA);
  • área de interesse ecológico;
  • floresta nacional;
  • reserva extrativista;
  • reserva da fauna;
  • reserva de desenvolvimento sustentável;
  • Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

APAs – Áreas de proteção ambiental no estado de São Paulo


 APAs – Áreas de proteção ambiental no estado de São Paulo

APAs – Áreas de proteção ambiental no estado de São Paulo

APAs – Imagem em Alta Resolução



Vamos conhecer algumas unidades de uso sustentável de São Paulo.


APA – Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá - localizada no centro-oeste do estado, abrange o território de inúmeros municípios. Foi criada com o objetivo de proteger os ambientes: flora (vegetação), fauna (animais), relevo (cuestas basálticas) e águas subterrâneas (aquífero Guarani) e inúmeras nascentes de rios e fontes. Apresenta vegetação remanescente da Mata Atlântica e Cerrado. O atributo que mais caracteriza a APA é o relevo.

Nesta APA são praticadas principalmente atividades de ecoturismo em virtude de sua beleza cênica.

No município de Guareí, cujo território faz parte dessa APA, há o Abrigo Sarandi, sítio arqueológico com registros de fósseis e utensílios de até 6 mil anos.


APA – Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá


 APA – Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá

APA – Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá

Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá – Imagem em Alta Resolução




Siriema na APA de Corumbataí (SP).


 Siriema na APA de Corumbataí (SP).

Siriema na APA de Corumbataí (SP).

Siriema na APA de Corumbataí (SP) – Imagem em Alta Resolução



Reserva Extrativista Ilha do Tumba - compreende uma área de manguezais no litoral sul do estado. A reserva extrativista tem por objetivo conservar a área de lagamar, assegurar o uso sustentável e proteger as populações tradicionais que ali vivem e retiram a sua subsistência do extrativismo da coleta do caranguejo e da pesca.


Reserva Extrativista Ilha do Tumba


 Reserva Extrativista Ilha do Tumba

Reserva Extrativista Ilha do Tumba

Reserva Extrativista Ilha do Tumba – Imagem em Alta Resolução



Reserva Extrativista de Taquari - destinada a assegurar o uso sustentável das comunidades locais de pescadores em Cananéia e proteger os ambientes marinhos e mangues.


Floresta Nacional de Lorena - é uma área de vegetação florestal de espécies nativas da Mata Atlântica que tem como objetivo o uso sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, bem como garantir a conservação dos rios e sítios arqueológicos ali existentes. A Flona de Lorena abrange os municípios de Lorena, Canas, Piquete e Guaratinguetá. É permitida a visitação e atividades de lazer.


Floresta Nacional de Lorena


    Floresta Nacional de Lorena

Floresta Nacional de Lorena

Floresta Nacional de Lorena – Imagem em Alta Resolução



Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RD) Quilombos da Barra do Turvo – formado por comunidades de remanescentes de quilombos, onde vivem 130 famílias cuja sobrevivência se baseia na exploração dos recursos naturais de forma artesanal e recebem orientação para a prática dessas atividades com técnicas de manejo ambiental. As comunidades se encontram nas áreas de Ribeirão Grande, Terra Seca, Cedro e Pedra Preta e distribuem-se ao longo da BR-116 (Rodovia Régis Bittencourt), todas no município de Barra do Turvo (SP).


Comunidades quilombolas de Barra do Turvo (SP).


 Comunidades quilombolas de Barra do Turvo (SP).

Comunidades quilombolas de Barra do Turvo (SP).

Comunidades quilombolas de Barra do Turvo – Imagem em Alta Resolução



Ainda há o patrimônio espeleológico que consiste na proteção de centenas de cavernas existentes nos parques estaduais como: Turístico do Alto Ribeira (Petar), Intervales, Caverna do Diabo, Rio do Turvo e da Área de Proteção Ambiental da Serra do Mar, localizados nas regiões do Vale do Ribeira e do Alto Paranapanema, ao sul do estado.

As cavernas consistem em cavidades naturais subterrâneas – são consideradas bens da União e áreas de proteção permanente pela constituição paulista (artigo 197). Elas constituem um ambiente único e se formaram pela ação das águas, temperatura e outros agentes a centenas de milhares de anos.


Caverna do Diabo. Parque Estadual de Jacupiranga. Eldorado Paulista (SP).


Caverna do Diabo. Parque Estadual de Jacupiranga. Eldorado Paulista (SP).

Caverna do Diabo. Parque Estadual de Jacupiranga. Eldorado Paulista (SP).

Caverna do Diabo. Parque Estadual de Jacupiranga – Imagem em Alta Resolução




Caverna Santana. Petar, Iporanga (SP).


 Caverna Santana. Petar, Iporanga (SP).

Caverna Santana. Petar, Iporanga (SP).

Caverna Santana. Petar, Iporanga (SP) – Imagem em Alta Resolução






 Áreas de preservação no estado de São Paulo